Entenda os diferentes tipos de músculos e sua importância
Treino
As fibras musculares compõem os músculos, tão importantes para nossa performance. Profissionais e amadores, como tantos de nós, sabem que é preciso cuidar e trabalhar os músculos para ganhar mais força e resistência na hora do treino.
Os 3 tipos de músculos do nosso corpo são
Os músculos do corpo humano, sejam eles esqueléticos, cardíacos ou lisos, funcionam para nos ajudar com os movimentos[1]. Mas cada tipo de músculo tem sua própria fisiologia e funções específicas, e todos são importantes para o nosso desempenho.
Conheça detalhes sobre cada um destes e os tipos de contração muscular envolvidos:
1. Músculo estriado cardíaco
O músculo estriado cardíaco fica nas paredes do coração e tem contração involuntária, forte e rítmica, seguindo as batidas do coração[2].
O músculo cardíaco é fundamental para a execução dos batimentos cardíacos e consome bastante energia enquanto trabalha. Por isso, o fluxo de sangue deve ser constante, garantindo o abastecimento de oxigênio e nutrição adequada. A prática regular de esportes e a alimentação balanceada ajudam a fortalecer este músculo e a proteger a saúde do coração.
2. Músculo liso
O músculo liso é encontrado nas paredes dos órgãos internos ocos, como vasos sanguíneos, trato gastrointestinal, bexiga e útero. Como está sob controle do sistema nervoso autônomo, não pode ser controlado conscientemente e, portanto, age involuntariamente.
Este tipo de músculo se contrai lenta e ritmicamente e é importante para a movimentação dos órgãos. No trato gastrointestinal, por exemplo, possibilita a passagem dos alimentos pelo sistema digestório[2].
3. Músculo esquelético
O músculo esquelético, ligado aos ossos pelos tendões, é responsável pelos nossos movimentos. São controlados de forma voluntária e consciente e compostos por fibras musculares com muitos núcleos e estrias transversais que agem independente das fibras musculares vizinhas.
Cada fibra muscular esquelética é uma única célula muscular cilíndrica. Assim, um músculo esquelético pode ser composto por centenas ou milhares de fibras musculares e envoltas por uma cobertura de tecido conjuntivo. Esses músculos são os que conseguimos visualizar e, em geral, são o nosso foco quando praticamos exercícios físicos e adotamos uma dieta rica em proteínas com o objetivo de ganhar massa magra[2].
E quais são os diferentes tipos de fibras musculares?
Ao observar outros atletas em ação, dá para perceber que alguns são mais rápidos, enquanto outros são mais fortes ou resistentes. Você mesmo pode ter a impressão de ser mais talhado para alguns tipos de treinos do que para outros, certo? Bom, tudo isso é resultado da prática e técnica que adquirimos com muito esforço, além da alimentação, mas a composição dos nossos músculos também interfere[3].
Dois principais critérios são considerados para classificar os tipos de fibras musculares: a velocidade com que se contraem e como produzem ATP, uma molécula que libera energia para as células.
Entenda as diferenças entre elas e como se relacionam com o seu treino.
Tipo I - Fibras de contração lenta
Como você pode imaginar, as fibras de contração lenta se contraem lentamente. São mais resistentes e produzem energia por meio da respiração aeróbia, utilizando oxigênio. Também possuem maior potencial de produção de energia em relação às fibras de contração rápida, o que favorece a prática de esportes de longa duração e resistência, como natação e corridas de longas distâncias.
Por outro lado, sem a presença do oxigênio, possuem menor capacidade para a liberação de energia, sendo assim são menos eficientes durante esforços muito rápidos e que acontecem em curta duração[4].
Tipo II A - Fibras de contração rápida oxidativa
Estas fibras possuem características intermediárias entre as de contração lenta e as de contração rápida. Produzem ATP relativamente rápido e fadigam rapidamente.
Assim, as fibras de oxidação rápida são usadas principalmente para movimentos que requerem uma quantidade intermediária de energia, como fazer uma caminhada[4].
Tipo II B - Fibras de contração rápida glicolítica
As fibras de contração rápida glicolíticas produzem ATP principalmente por meio da glicólise anaeróbica, ou seja, por meio da queima do glicogênio muscular. Por isso, são menos resistentes e se cansam mais rápido. Por outro lado, como se contraem rapidamente, atingem alta potência em um curto espaço de tempo[4].
Assim, essas fibras nos apoiam em provas de alta velocidade e curta duração, como as provas de corrida de 100 metros, corridas com barreira e revezamento, mas não em provas de resistência, por exemplo.
Como conectar as fibras musculares com os treinos de força?
Todos nós temos fibras musculares específicas que predominam em nossos corpos devido à genética. Por isso, algumas pessoas são naturalmente talentosas para provas de velocidade, por exemplo, ou para exercícios que exigem muita resistência. Porém, com a prática de exercícios e alimentação, é possível modular essas fibras até uma certa medida.
Você provavelmente sabe tudo sobre treinamento de força, um tipo de exercício intenso que contribui para a construção de músculos. Como requer maior força e potência, pode provocar consideráveis modificações nas fibras musculares, interferindo inclusive no ganho de massa muscular[3].
Assim, treinar com consistência pode alterar as propriedades contráteis dos músculos e, por sua vez, o seu desempenho enquanto atleta profissional ou amador. Ao ganhar mais massa magra e fortalecer os músculos, a qualidade da prática também irá crescer.
No final das contas, isso é tudo o que queremos: fortalecer nosso corpo para um melhor desempenho. Por isso, o foco nos músculos é importante em qualquer modalidade.
Referências:
1. Noto RE, Leavitt L, Edens MA. Physiology, Muscle. StatPearls . Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2021 Jan. Disponível em
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK532258/
2. National Cancer Institute. Muscle Types. Disponível em:
https://training.seer.cancer.gov/anatomy/muscular/types.html
3. Oregon State University. Types of Muscle Fibers. Disponível em:
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1600-0838.2010.01196.x
4. Andersen JL, Aagaard P. Effects of strength training on muscle fiber types and size; consequences for athletes training for high‐intensity sport. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports. Sep 2010. Disponível em:
https://open.oregonstate.education/aandp/chapter/10-5-types-of-muscle-fibers/#:~:text=Fast%20oxidative%20fibers%20use%20aerobic,tension%20contractions%20but%20fatigue%20quickly.
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